5/5 estrelas - Perfeito!
Em uma cidade decadente, onde se criam polvos para a produção de tinta, onde há uma floresta de algas marinhas e onde um dia funcionou uma redação de jornal em um farol, um jovem Lemony Snicket começa o seu aprendizado em uma organização misteriosa. Ele vai atender seu primeiro cliente e tentar solucionar o seu primeiro crime, aos comandos de uma tutora que chama carro de ¿esportivo¿ e assina bilhetes secretos. Lá, ele vai cair na árvore errada, vai entrar no portão errado, destruir a biblioteca errada, e encontrar as respostas erradas para as perguntas erradas - que nunca deveriam ter passado pela cabeça dele.Ele escreveu um relato sobre tudo o que se passou, que não deveria ser publicado, em quatro volumes que não deveriam ser lidos. Este é o primeiro deles.
Esse é um livro escrito por Lemony Snicket, de acordo com sua biografia “teve uma educação atípica, uma juventude desconcertante e agora enfrenta uma vida adulta desesperadora.” E se esse nome não te diz nada, saibam que é apenas um heterônimo de Daniel Handler, também escritor de Desventuras em Série e Autobiografia não autorizada.
Se você está se perguntando o porquê de tanta informação antes de começar, é porque eu gostaria de ter tido a oportunidade de saber tudo isso antes de ler. Aliás, gostaria também de ter lido outros livros do autor. Tudo isso para ter o direito de comparar a escrita e o modo com que ele direciona o leitor para a história. Se você ainda não entendeu bulhufas...
Bem-vindo ao mundo de Lemony Snicket! O garoto das perguntas erradas.
Lemony Snicket é um garoto de apenas 13 anos que acaba de se formar.
Onde? Essa é uma pergunta errada.
Para quê? Novamente.
E, se percebeu que suas perguntas não serão respondidas, trate de ler este livro. Pois ele é repleto de perguntas erradas. Onde a maior parte fica sem resposta.
“Fechei a torneira e olhei para a única janela. Era pequena, quadrada e tinha uma tranca muito simples. Até uma criança poderia abri-la, o que era bom, já que eu era uma criança.”
Falando sério agora.. O livro é genial! A escrita é mágica, envolvente, divertida e quando você vê, está no fim do capítulo sem que tenha acontecido qualquer coisa memorável ou que faça sentido. A história tem começo, meio e fim. A única questão é você encontrar cada um deles. ;D
Se nada disso faz sentido pra você, saiba que está entrando no espírito da coisa. A história se passa em uma cidade à beira-mar que não se encontra na beira do mar. É sobre um roubo de um objeto que nem ao menos foi roubado. E Lemony se encontra nesta cidade, para solucionar o caso com a sua tutora S. (não pergunte o que é S.) Theodora Markson (a 52ª posição de uma lista de 52 tutores ^^). O autor nos mostra toda a história do ponto de vista do Lemony, uma vez que o livro é em primeira pessoa. Mas ele trata de tudo como se nós soubéssemos exatamente o que está acontecendo, quando na verdade, só no final que conseguimos realmente compreender boa parte da história.
O que é bem legal também é que por ser uma série de quatro livros e esse ser apenas o primeiro, vemos muitas coisas que o autor deixou em branco para que nos permita rever e até mesmo solucionar e compreender melhor nos próximos livros. Amei a escrita dele e realmente queria já ter lido pelo menos Desventuras em Série, não deixarei passar a oportunidade. Aliás, peço que deem uma chance também e prometo, não vão se arrepender!
Agora, um parágrafo inteirinho que eu usaria para descrever os personagens (mas eu não quero mais porque eles conseguem ser tão confusos quanto o próprio personagem-autor), vou falar da edição que a Editora Seguinte fez. É incrivelmente perfeita! A capa é colorida e chamativa, e no começo de cada capítulo tem uma ilustração nas cores preto, branco e azul, uma mais incrível que outra que somente aumentam a nossa vontade de saber mais das peripécias de Lemony.
“Não foi só uma vez ou outra. Estive errado várias e várias vezes, errado todas as vezes sobre todas as pistas desse mistério sombrio e obscuro, que paira sobre a minha cabeça e a de todos os outros. Foi como se um sino soasse dentro da minha cabeça. Eu estava errado, pensei, mas, se ficasse o tempo suficiente naquele vilarejo, talvez pudesse dar um jeito de fazer tudo se acertar.”
Fiquei um tanto confusa, mas acho que era este o objetivo não? rs
ResponderExcluirAdorei a premissa, deixar o leitor curioso, fazendo perguntas erradas até achar a resposta certa. Adorei!
Não sei se compraria o livro, mas com certeza leria se tivesse a oportunidade.
bjs
Amei sua resenha! O livro parece ser bem legal, e amei a capa, amo livros com capas assim.
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar do livro, mas até então não tinha interesse porém agora, eu quero haha
bjs
utopiaincessante.blogspot.com
li alguns livros de Desventuras em Série e adorei a escrita do autor. Li algumas resenhas sobre Quem poderia ser uma horas dessas e desde estão estou super curiosa com a leitura. Já está na minha lista de desejados mas acho que só vou compra-lo quando ja estiver perto de lançar o próximo hahaha
ResponderExcluirUau, fiquei bem confusa , se esse foi o seu objetivo você conseguiu hahahaah.
ResponderExcluirÓtima resenha, ele é o autor de "Por isso agente acabou" e eu li e não gostei, achei bem confuso e sem graça!!!
Eu fiquei bem curiosa, e apesar não gostar muito de fica perdida nos livros acho que vou dar um chance sim =D
Beijinhos
Gostei da resenha, bem escrita, mas confesso que fiquei confusa rs.
ResponderExcluirAchei um pouco diferente esse livro, interessante até, mas não despertou muito meu interesse.
O livro parece ser bem confuso, mas divertido também. Espero ter a oportunidade de lê-lo
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