[Resenha em Filme] O Doador de Memórias.

Recentemente fui assistir ao filme O Doador de Memórias, o qual estava mega ansioso e acabei não lendo o livro ou ao menos vendo o trailer. Fui sem especulações sobre o que iria achar, pretendendo apenas conferir tudo na hora. The Giver, no original, estreou dia 11 de Setembro, tratando sobre ficção científica - ou distopia - mesclado ao drama, sendo dirigido por Phillip Noyce.

O que mais me chamou a atenção foi o elenco em si, tendo um destaque para a Taylor Swift, a qual me decepcionei muito. Não com a Taylor em si, mas com um fator que vou deixar pra lá, pois não quero ser tachado de "o cara que dá spoilers". Enfim...

O filme se passa em uma sociedade futurística - o que já de cara nos lembra as distopias atuais (Divergente, Jogos Vorazes) onde adolescentes lutam contra regimes totalitários em busca da idealização com um todo - onde ao completar 16 anos, os adolescentes são designados a uma área (espécie de emprego) por onde permanecerá a vida toda... Porém o foco do Doador se muda conforme seguimos no filmes.

O que esperávamos em relação à ação, lutas, romances, aventuras, na verdade, nada disso foi concretizado. O filme (lembrando que não li o livro) foge dessa pegada, o que lembra ao espectador literatura sociais como "1984", "Admirável mundo novo".

Jonas acaba de completar 16 anos e foi selecionado a ser o próximo Receptor de Memórias da sua comunidade, destinado a guardar todas as memórias do passado, seja desde o amor à guerras. A sociedade atual é morna. Não há ninguém melhor que o outro. Todos se vestem iguais, e a cada manhã têm de aplicar uma espécie de soro onde todo o passado é esquecido.

O mais interessante é que palavras como família, amor, guerra, brigar (dentre outras) não existem, substituindo-se sempre por sinônimos. Emoções foram preenchidas por sentimentos, a neutralidade é o que impera na sociedade.

Pena que o filme não funcionou, na minha opinião. Nem sempre precisa-se de efeitos especiais para ser um bom filme, ou uma histórias completamente fora do clichê, entretanto, O Doador não teve atributos para persuadir o público, que muitas das vezes esperava ação ou surpresas para animar e instigar.

A ideologia do autor é fantástica. Senti falta de muitas coisas e explicações e fiquei meio na dúvida se teremos uma continuação. Estive até conversando com o pessoal do meu trabalho e tivemos a mesma impressão: um ótimo tema, porém não perfeitamente trabalhado. Eu não li o livro, ainda, e quero ver esse outro lado da moeda e poder preencher o vazio que em partes o filme deixou.

O Doador de Memórias não é um filme ruim. Apenas não teve o a audácia de desafiar o telespectador, tornando-se um filme bem mediano. Mas óh, vale a pena ver e tirar suas conclusões!

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