A CASA
André Vianco
Editora Novo Século
2 estrelas - Fraco
Colunista: Mirely
Livro no Skoob
Uma viagem ao fundo do coracao humano. Impossível o leitor nao se emocionar com o drama vivido pelos atormentados protagonistas da obra.
Gentilmente uma senhora distribuiu xícaras cheias de um líquido que exalava um aroma adocicado e convidativo. Ela sentiu um arrepio percorrer o corpo. Quem a tinha chamado ali? Recebera apenas um cartão. Ismael também sentiu um arrepio cruzando a espinha. Que casa era aquela? Cada qual sorveu um pouco do líquido quente. Somente naquele instante notaram que cada par de cadeiras dava de frente para um par de portas. Quatro pessoas. Quatro portas. Cada um olhando fixamente para a porta a sua frente. No enredo de 'A casa', uma viagem surpreendente para os que buscam algo para mexer com a mente e o coração.
Olá pessoas! :D
A leitura da vez é do escritor André Vianco, paulista, que eu conhecia apenas pelas escritas sobrenaturais e vampirísticas de “Os Sete” e “Sétimo”. Minha surpresa foi imensa quando comecei a ler o livro e descobri que era de pessoas comuns, nada de vampiro, nada de lutas, guerras, sangue, perseguições. Confesso que quis largar o livro de lado, e juro, me arrependi de não tê-lo feito.
O livro? É contado em terceira pessoa. E somos apresentados simultaneamente à quatro histórias. Pessoas diferentes, desconhecidas. Mas algo as une: o arrependimento, a saudade, a sensação de dever não cumprido ou simplesmente, pessoas que buscam alívio para o coração. E claro, é exatamente o que promete o cartão de visitas que só contem o endereço e a frase de libertação.
Uma garota que foi expulsa da casa dos pais por não ter a sua opção sexual aceita. E nunca mais retornou. Aliás, que nem ao menos se aproximou da mãe durante o enterro do pai, mesmo sabendo que ele havia sido o único culpado. Um homem que não se conformou com o nascimento de uma filha prematura, por sempre ter sido o melhor e mais admirado de todos, claro, não poderia ter uma filha que fosse fraca, miúda e até mesmo frágil diante das demais crianças. Um pai que não pode demonstrar seu amor, por puro sonho não idealizado.
“Hélio era um homem infeliz, dono de um coração machucado, vítima de uma mente estragada e traiçoeira que lhe botara traves nos olhos, impedindo-o de enxergar e aproveitar o tesouro mais lindo que a vida pode dar à um homem... o amor incondicional que uma filha dá a um pai.”
Uma mulher que pensando ser traída trai o marido e é abandonada para cuidar de suas filhas. Atormentada por fantasmas do passado tenta se matar com remédios, mas é surpreendida com a simplicidade e carisma contagiante de suas garotas que tentam agradá-la, sem saber o que se passava em sua cabeça. Um homem que perdeu o pai na juventude, e não teve tempo ou oportunidade para pedir perdão por coisas impensadas e ditas em um momento de pressão.
“Um filho que nunca pudera pedir desculpas olhando nos olhos do pai e dizendo que, apesar da vida dura que levavam, o amava verdadeiramente.”
Caminhos distintos os fazem chegar até a misteriosa casa amarela. Alguns já haviam estado lá em sonhos, outros em brisa. Mas sabiam que a cura para os seus corações atormentados, só poderia estar ali. E assim, mesmo com toda aquela chuva e todos os tipos de incertezas pairando no ar, vencem seus medos e enfrentam cada qual o seu destino.
“Estavam unidos na mesma noite. Estavam unidos na mesma chuva. Buscavam a mesma coisa. Alívio para o coração.”
E é assim que se encerra uma história que teria tudo para ser bem escrita e muito melhor contada. Algo que poderia nos encantar, e fazer pedir mais. Mas simplesmente acaba com um encontro misterioso, uma segunda chance. A oportunidade de mudar tudo, que infelizmente, não existe na vida real, e que fez a parte “real” da história, morrer na ficção.
“Um arrepio percorrendo seu corpo. A sensação de coração descarregando um peso ruim. Uma coisa inútil indo embora. Paz. Alívio. Finalmente encontrara o que viera buscar. Seu coração limpo.”
Não conheço o autor, nem li nada dele. Mas fiquei com uma péssima impressão deste livro. Quando terminei de ler a resenha fiquei pensando "cadê o resto da história" (rsrs) e tenho certeza de que foi a mesma impressão de quem leu o livro.
ResponderExcluirGente, como assim? Parece que este livro apresentou a introdução, mas o desenvolvimento foi esquecido.
Que coisa estranha, não curti, nem pretendo ler.
bjs
Li "Os Sete" e agora leio "Sétimo" de André Vianco. O primeiro desses gostei bastante, mas o segundo, sinceramente me deixa a desejar. Ainda mais que Vianco escreve muitas vezes parágrafos e capítulos gigantescos... alguns parágrafos são maiores que uma página, e os capítulos então, nem se fala. Outra coisa que me incomoda na escrita dele são as frases curtas, coisa de duas, três palavras apenas. Isso me dá nos nervos. É claro que isso depende do leitor, e aqui fica a minha opinião. Depois de terminar Sétimo, que na verdade estou quase abandonando, não tenho vontade de ler mais nenhum de André Vianco, ele até escreve bem, mas ao meu ver é meio "desorganizado" nas medidas... Esse livro, "A Casa", realmente, faltou muito aí, se ele soubesse usar isso poderia render um livro para cada uma dessas pessoas... mas...
ResponderExcluirEu ainda não li nada do autor. E esse livro pela resenha parece meio confuso, a começar que não gosto muito de várias histórias sendo contadas, não me atrai isso.E fim meio vago também não dá, não me interessou.
ResponderExcluirTodos falam muito bem desse autor, mas eu nunca li nada!
ResponderExcluirBeijinhos
Rizia - Livroterapias
Nossa que pena, pois André Vianco é tudo de bom.
ResponderExcluirA capa é maravilhosa e tem mesmo tudo pra ser uma história linda e cheia de emoções mas parece
que isso não aconteceu né.
Pra falar a verdade eu nem sabia que o autor tinha livros que não fossem sobrenaturais e fiquei bem surpresa, mas é uma pena que ele não seja bom =/
Enfim ótima resenha como sempre né amiga c(=
Beijinhos
Achei a premissa do livro bem interessante e teria tudo para ser uma ótima história se tivesse sido bem escrita...Ainda não tinha ouvido falar desse livro mas nem vou querer lê-lo :/
ResponderExcluirDepois que li Os sete, fiquei apaixonada pelo André Vianco...acho ele um dos melhores.Mas acho que esse não ia me tocar tanto, a história parece meio fraca :/
ResponderExcluirJá conhecia o autor por causa do sucesso que é a saga vampírica Os Sete embora nunca tenha lido nenhum livro dessa saga. Uma certa vez, até tentei comprar um livro da saga mas li e parei no prólogo e acabei deixando no caixa da livraria acredito que ele seja realmente um ótimo autor não duvido da sua capacidade mas a maneira de escrita dele não me agrada. Outro ponto negativo são as capas dos livro que acho muito feia.
ResponderExcluirQuerida mas o que conta e a boa escrita e conteudo do livro e não a CAPA.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirLi esse livro e me emocionei demais a cada historia contada nele!Ele não é terror como os outros livros de André Vianco mais sim sobrenatural e com varias mini histórias nele que faz a gente parar e pensar!Amo André Vianco tenho todos os livros dele e esse me tocou muito.Na minha opinião a resenha fez com que o livro parecesse desinteressante quando na verdade é um livro tocante.
ResponderExcluirLi esse livro e me emocionei demais a cada historia contada nele!Ele não é terror como os outros livros de André Vianco mais sim sobrenatural e com varias mini histórias nele que faz a gente parar e pensar!Amo André Vianco tenho todos os livros dele e esse me tocou muito.Na minha opinião a resenha fez com que o livro parecesse desinteressante quando na verdade é um livro tocante.
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ResponderExcluirApós ler alguns comentários percebi o quanto nos limitamos a partir da opinião dos outros que são, unicamente, dos outros. E não podem ser levados, NUNCA, como verdades absolutas. Muitos dizendo que "nunca leram e já tem uma péssima visão do livro", outros que "não lerão pois a crítica e sinopse não foi boa". Enfim... Leiam o livro, apenas leiam e desfrutem da sua própria opinião. Caso não gostem, nada será perdido. Particularmente, li esse livro quando tinha uns 14 anos e foi incrível, lerei novamente para analisá-lo novamente, por outros olhos agora. Sim, outros olhos que ainda são os meus mesmos, agora com a maturidade dos meus 31 anos. E farei novas conclusões, talvez sim, talvez não . Mas não com uma opinião pré-julgada formada a partir de outrem, e sim, formada a partir das minhas próprias conclusões
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